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ARQ EDUARDO FAUST | CAU A44041-8

Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
Pós-graduado em Espaço celebrativo-litúrgico e arte-sacra na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Minas Gerais FAJE.

Em 2005 fundou o escritório FAUST ARQUITETURA

Assina a autoria de mais de 200 construções ligadas a Igreja em mais de 100 cidades em 15 estados no Brasil, México e Portugal.

Ministra palestras e Cursos em Arquitetura Sacra.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

■ O QUE É PROJETO LUMINOTÉCNICO?

Por centenas de anos o formato da terra e sua organização foram divididos em duas teorias: terra plana X terra esférica. A terra plana com vantagem foi a teoria mais aceita até o século XVIII.

Os Cristão tinham como base a terra plana principalmente pelo seu sentido simbólico que aplica-se até os dias de hoje.

Temos em ordem: Céu do céu > céu > terra plana > sheol [inferno]
O sol transita pelos céus durante o dia e a noite ele cruza o inferno retornando vitorioso,  a luz que simbolizará a ressurreição, a paixão de Cristo.
Cristo faz referência direta a esta caminhada do sol.

Uma igreja adequeda ao culto gera condições de conforto que leva o fiel a reflexão e a concentração. Para que isso aconteça é primordial o uso de iluminação adequada.

Com o estudo e cálculo da luz é possível obter a atmosfera necessária antes de sua implementação, para que não se dependa de métodos empíricos usados na maioria das vezes.

Com uma iluminação devidamente pensada e calculada é possivel criar ambientes sacros com pouco investimento, em reformas este tipo de iluminação é primordial. Gerando grande economia pois a reforma física é muito mais cara do que a de iluminação.

■ O projeto luminotécnico consiste em 3 etapas:

01 ■ Criação, planejamento do efeito estético dado pela iluminação, levando em consideração as áreas de trabalho, de luz e de penumbra. Estipular conforme as normas o nível desejado de lux em cada área por exemplo: assembléia terá 100 lux e o ambão 500 lux.
 
02 ■ Cálculo de iluminância das áreas mapeadas e das luzes de efeito: São locadas [seguindo os conceitos criados na etapa 01] luminárias e lâmpadas disponíveis no mercado, obtendo o resultado de iluminância nos espaços, afim de obter os lux desejados.


   ■ Cálculo de iluminação: Esquema gráfico ilustrando as zonas de iluminação

  ■ Cálculo luminotécnico: Desenho artístico ilustrando as luzes de efeito.

 ■ Cálculo luminotécnico: Foto da obra finalizada, excutada conforme o projeto. 


03 ■ Projeto executivo: Plantas baixas e cortes locando as luminárias, lâmpadas, leds e anteparos;  lista de quantitativos e especificações técnicas.

 Além de questões de conforto e ambiência o projeto luminotécnico também trás economia, nele consta de forma exata  o número de lâmpadas e luminárias sem que haja iluminação em excesso. A escolha das lâmpadas otimizando a equação - consumo, iluminância, vida útil - visa o uso responsável e sustentável do sistema.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

■ CONCEITO DA IGREJA DE NSA SRA APARECIDA | Projeto Arq. Eduardo Faust


■ LOCALIZAÇÃO


Localizada no bairro Serraria, no denominado localmente Loteamento Canaã, a Igreja foi planejada para uma comunidade em crescimento. O bairro pertencente a cidade de São José, [cidade da grande Florianópolis] predominantemente é residencial e sofre uma urbanização rápida com muitas obras em execução, tanto de conjuntos habitacionais como de unidades residênciais. O aumento de sua densidade demográfica também se intensifica por se tratar de um zoneamento específico ARPP (Área Residencial Predominante Popular), a especificidade “popular” faz com que a área tenha lotes menores do que o mínimo estipulado pelo plano diretor que é de 30 metros por 15 metros.
   Uma igreja com 300 assentos já comportaria com facilidade a atual comunidade, mas em função dos dados citados foi feito um projeto levando em consideração as perspectivas de crescimento. Optou-se pela capacidade de 600 fiéis. 

 

O partido arquitetônico parte do gesto de fincar uma cruz ao solo, a cruz [representada pela torre] que aponta para o criador, ela é o símbolo do markabah - da condução divina - rasgando o céu e alcançando o terreno. A cruz que simboliza a intervenção divina é o proprio Cristo. 
  

O céu na arte sacra pode ser representado por uma concha, a cobertura do edifício foi desenhada como tal - representando o reino dos céus - enfatizando o conceito da cruz rasgando o céu. Pela clarabóia é possível do interior da igreja se ver o fim da torre e o céu “físico”, que aqui representa o céu do céu.  
Para que o conceito fosse facilmente visto por todos fiéis ao longo do culto, colocou-se uma cruz no interior da igreja elevando-se por todo pé direito.
 

 















■ Ichthys

O cristianismo era proibido com pena de morte aos seus seguidores até o ano 313. Neste período foi traçado um dos mais antigos símbolos dos cristãos: O peixe. Ele era utilizado como símbolo de devoção e comunicação entre os fiéis. Este símbolo era desenhado como um código interno para comunicar o crescimento das comunidades cristãs.  
A palavra peixe no idioma grego é ίχθύς traduzido foneticamente para ICHTHYS.
Ela gera o acróstico Iésús – Christós – Theoú – Hyós – Sótér que significa: Jesus – Cristo – Deus – Filho – Salvador.


Similar a vésica piscis o Ichthys é desenhado ao centro da obra, as terminações dos traços (rabo do peixe) são as escadas que dão acesso a casa de Cristo (Jesus Cristo Deus Salvador)
Ao lado deste centro que representa cristo, temos as 12 águas do telhado emoldurando o centro, finalizando a cobertura, o abrigo dos fiéis. Os 12 apóstolos que estruturam todo cristianismo e contam a boa nova. 
  
 















 

■ Vesica Piscis


Um símbolo antigo encontrado em culturas diversas, no Egito antigo por exemplo  encontramos tal desenho com a mesma simbologia utilizada no cristianismo. A vesica piscis simboliza: origem, gênese, nascimento, criação, ela é muito utilizado nos ícones do Cristo Pantocrator (todo poderoso) quando Cristo é desenhado representando Deus, todo poderoso criador de tudo.
O sentido de gênese e criação também é atribuído a Maria a gestora que deu luz a Cristo. No caso deste projeto o símbolo está circunscrito na geometria central, que contem o eixo cronológico de Jesus.
 ■ Assembléia

Liturgicamente o presbitério deve situar-se ao centro da igreja com a assembléia ao seu redor. Este leiaute possui algumas dificuldades de aplicação por questões de ordem prática. Logo, quanto mais a distribuição da assembléia se aproximar desta conformação mais apto a correta aplicação da liturgia o espaço estará.

A assembléia faz parte do rito, o fiel não é um espectador, isso é facilmente visível se levarmos em consideração que foram adotados bancos somente no segundo milênio, se mantém os bancos tradicionais coletivos para propiciar a união comunitária, base da Igreja.



As portas das salas e capelas não são visíveis na nave da igreja, assim como as janelas são colocadas nas terminações das “asas”. Esta disposição está a serviço do espaço sagrado que respeita o tempo sagrado, fazendo com que a experiência em seu interior tenha como entorno o tempo mítico, e não do tempo do trabalho, ao adentrar um espaço sagrado, o fiel torna-se contemporâneo as suas divindades, o relógio pode afetar a reflexão e a experiência de Deus. Além da questão temporal, este desenho também ajuda a reduzir a visualização de eventos que possam vir a distrair o fiel no culto. 

A igreja possui duas portas de entrada e uma saída de emergência aos fundos, que também é o acesso para deficientes físicos.

 




A iluminação da assembléia é realizada toda de forma indireta com luminárias desenhadas sobre os refletores, fazendo com que a própria paróquia possa fazer a manutenção de troca de lâmpadas, sem a necessidade de andaimes, excluindo a contratação de empresas. As lâmpadas utilizadas foram de vapor metálico com temperatura de cor de 4000K para definição da quantidade luminosa foi feito projeto luminotécnico.




■ Materiais


A igreja é composta de estrutura com: vigas e pilares de concreto armado; lajes de concreto armado mistas, pré-fabricadas e maciças; vigas metálicas treliçadas sustentam a cobertura de telhas metálicas com isolamento termo-acústico e forro de madeira.
O piso da nave é de granilite e de cimento queimado nas circulações, no presbitério temos pedra, na sala de controle carpet e o restante porcelanato.
As paredes são somente de fechamento e possuem espessuras variadas e todas são revestidas com a monocapa minerale da weber, sem reboco, detalhes são revestidos de pedras.
Esquadrias são com sistema pivotante de vidro temperado. As portas internas lisas pintadas de branco, as portas de entrada possuem um desenho específico.
 



Texto retirado da monografia "Igreja de Nossa Senhora Aparecida da Cidade de São José. Processo de Criação e Análise Arquitetônico-Litúrgica do Edifício" de minha autoria.




quarta-feira, 24 de novembro de 2010

■ IGREJA DE SÃO PIO | Arq. Renzo Piano




Situada na cidade de San Giovanni Rotondo a Igreja de São Pio entra na lista das grandes catedrais pós-modernas. O autor Renzo Piano [vencedor do Pritzker 1998] baseia seus conceitos em proporções geométricas, de difícil entendimento formal o edifício possui uma estética singular e um fino acabamento.

A rígida geometria definida em planta faz com que a volumetria seja uma consequência, ao meu ver este é o principal motivo pelo qual sua estética seja mais ligada ao grotesco do que ao belo [para quem já é inciado em estética sabe que o grotesco é estético, e possui tanto valor quanto o belo].

Isto fica claro tambem comparando o conceito de que Cristo é o centro. No interior notamos a hirarquia do centro radial [definido em planta] onde encontra-se o altar, porém, uma massa disforme é gerada na volumetria externa, entre coberturas sobrepostas é dificil de se encontrar uma composição estruturada como no princípio do partido arquitetônico

Abaixo linkei dois vídeos: um primeiro muito bom, mostrando os conceitos da formulação da igreja e um segundo com imagens.








Exibir mapa ampliado


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

■ PORQUE IGREJAS SÃO PENSADAS COMO GALPÕES?


O concílio ecumênico vaticano II é a constituição da sagrada liturgia, nele contêm diretrizes sobre como organizar espacialmente os templos católicos. Datado de 1961 a 1965 ele nasce (após décadas de maturação) contemporaneamente ao pensamento pós-moderno.
Se analisarmos obras da arquitetura pós-moderna e seus expoentes maiores, veremos que uma minoria delas são templos; e podemos dizer que isso é uma novidade na história da arquitetura. Até antes da revolução industrial todo o saber arquitetônico era materializado nos templos.
Ao longo do século XX ouve uma má interpretação do funcionalismo moderno. Uma verdadeira mutação de importância, fez com que por exemplo o conceito do “fim do adorno”, transforme-se em “ausência de significado”; e o conceito de “limpeza formal” em “ausência total de composição”.
■ Exemplo de igreja com ausência de composição”.
A má interpretação somou-se a má vontade do clero de absorver a arte moderna, assim houve uma demora na aceitação dela como arte sacra. Assim templos de linguagem ou tecnicamente modernos, ilustravam em seus interiores retábulos barrocos e elementos litúrgicos em geral sem unidade artística.
Obra de John Piper | www.johnpiper.org.uk
A construção de templos com técnicas construtivas modernas [concreto e aço], passam a ser mais viáveis economicamente por conta da otimização na estrutura industrial vigente. Estas novas técnicas nortearam o pensamento moderno que desenvolveu uma nova linguagem para arquitetura, por tamanha inovação. A antipatia do clero em relação a arte moderna afastou tanto artistas como arquitetos das obras, empobrecendo muito o legado. Na falta de uma obra iconológica de arquitetura moderna sacra - que servisse de espelho deste novo momento - fez com que em grande número de casos, a arquitetura da “ausência de composição” tomasse esse papel. A construção de templos neo-ecléticos [feitos com técnicas construtivas novas, imitando os materiais antigos] foi outra solução desastrosa adotada nos edifícios.
O Papa Paulo VI escreve na conclusão do concílio vaticano II aos artistas “Hoje como ontem, a Igreja tem necessidade de vós e volta-se para vós. E diz-vos pela nossa voz: não permitais que se rompa uma aliança entre todas fecunda. Não vos recuseis a colocar o vosso talento ao serviço da verdade divina. Não fecheis o vosso espírito ao sopro do Espírito Santo.
O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens, é este fruto precioso que resiste ao passar do tempo, que une as gerações e as faz comungar na admiração. E isto por vossas mãos.” (Paulo, 1965) Trinta e quatro anos depois, na carta aos artistas do Papa João Paulo II escreve “A Igreja precisa de arquitetos, porque tem necessidade de espaços onde congregar o povo cristão e celebrar os mistérios da salvação.” (João, 1999).
■ Igreja do convento de São Domingos

Já se passaram décadas do término do concílio vaticano II, a falta de referenciais arquitetônicos é uma das causas da apatia das comunidades em relação ao que almejar no planejamento de um templo católico hoje.
O concílio vaticano II nos da diretrizes litúrgicas sobre como organizar especialmente os templos, porém sabiamente não nos da diretrizes de como a obra arquitetônica deva ser desenhada, fica a cargo dos arquitetos esta definição. E a cargo da comunidade e da Igreja saber cobrar dos arquitetos uma boa arquitetura sacra.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

■ INAUGURAÇÃO DA IGREJA MATRIZ DA SANTA CRUZ





■ INTRODUÇÃO - ESPAÇO E LITURGIA:
No primeiro milênio da história da Igreja Católica, as missas eram feitas com todos de pé ao redor da mesa da eucaristia, nela todos comungavam. A mesa da palavra encontrava-se próxima, onde o presbítero erguia-se para proclamar a palavra; sua cadeira da presidência estava de forma sóbria e simples formando esta tríade.

Os elementos fundamentais para celebração eram expostos de forma singela e com extrema beleza, a Igreja como edifício, era erguida com a função de abrigar-los; o centro da liturgia era facilmente identificado, assim como a verdade da palavra de Cristo.

Com o passar dos anos, os interiores das igrejas perderam o foco, tornaram-se espaços de adoração a santos, de pinturas virtuosas e de demonstração de status. Já não é fácil vislumbrar o centro [Cristo], isso faz com que haja uma busca de significado e valorização excessiva de elementos menores.

A reforma litúrgica do século XIX iniciou as mudanças que culminaram, na década de 60, no sacrosanctum concilio, Concílio Ecumênico Vaticano II, que em sua essência, busca o retorno as origens do culto católico, estruturado pela igual dignidade de todos fiéis.

No Brasil, em especial, o concílio possui uma revolução maior no modo de celebrar e organizar os espaços. A última grande reforma litúrgica da Igreja foi em 1563, no Concílio de Trento.

Logo, até 1964, o Brasil viveu somente uma liturgia, e o Concílio Vaticano II, é a primeira grande mudança que vivenciada desde a implantação do cristianismo no Brasil.

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■ SOBRE O NOVO INTERIOR DO EDIFÍCIO:
Pela luz que se faz no interior do corte na parede de fundos, vislumbra-se o símbolo maior da fé cristã, de forma simples e bela, símbolo que intitula a paróquia. A Santa Cruz.


A liturgia estrutura-se em três bases: Altar [mesa da eucaristia], Ambão [mesa da palavra], Sedia [Cadeira da presidência]. Estes 3 elementos foram desenhados com materiais e linhas semelhantes para revelar conceitos de; “simplicidade formal sem pobreza de composição” e de “beleza sem ostentação”.

O material utilizado ilustra o conceito de Verdade e solides. A Igreja católica tem Cristo como a única absoluta verdade. Sendo assim, o granito maciço e de acabamento bruto [levigado] foi o material empregado nas peças; mostrado aqui de forma crua e verdadeira.

O altar é o centro da Liturgia, ele no projeto ganha o destaque que as celebrações pedem. Seu desenho possui linhas elegantes, estruturadas na proporção áurea; alcançando na simplicidade a beleza; nos remetendo ao cenáculo; à mesa da santa ceia.

[Missa de consagração presidida pelo Arcebispo Dom Murilo Krieger]

A palavra Ambão vem de do grego Anabaino que significa “subir, elevar-se”, a Palavra que vem do reino dos céus. As linhas verticais e a forma que apontam para cima, ilustram tal conceito.

Nas celebrações o povo Deus está sob a presidência do ministro ordenado, que celebra “in Persona Christi”. Ele é o Cristo cabeça que tem na assembléia o seu corpo eclesial. Este conceito é materializado na Sedia ou Cadeira da Presidência, aqui desenhada com simplicidade formal, porém, com a escala necessária para que se alcance os conceitos citados.

O batistério foi desenhado em forma octogonal, fazendo referência ao oitavo dia, dia da ressurreição; é a nova criação do mundo em Cristo, o novo Adão; todos nascemos como Adão e é no batismo que somos resgatados. Este octógono está inscrito numa Vésica Piscis, um antigo símbolo presente em várias religiões que simboliza a criação, a origem.


A cultura e a tradição também foram respeitadas nesta obra, as belas obras de arte que fizeram parte por tanto tempo deste espaço, foram restauradas e possuem seu lugar junto ao presbitério.

Os patamares do presbitério focam na hierarquia dos elementos litúrgicos. O batistério encontra-se junto à assembléia, a capela do santíssimo e os santos, a dois degraus de altura.

No terceiro degrau, que busca o número 3, número do Deus trino – da santíssima trindade – temos altar e ambão. E, finalmente, no patamar mais elevado, a Sedia.

Nas laterais ao fundo encontra-se o ripado de madeira crua [retirada da antiga igreja], estes tem a função compositiva de emoldurar o presbitério, enfatizando os elementos ao centro. Estas estruturas ainda possuem a função de esconder a abertura criada para ajudar na ventilação cruzada.

Todos conceitos aqui citados são enfatizados pela iluminação cuidadosamente projetada, desde a luz amarela ao fundo, trazendo o conforto das cores quentes [cores do divino], as luzes focais que apontam os elementos litúrgicos. Este cuidado também pode ser visto na iluminação indireta da nave, que evita o ofuscamento para os usuários.


Com esta reforma a Igreja Matriz da Santa Cruz torna-se um exemplo a ser seguido, de templo que está em sintonia com os conceitos contemporâneos da Igreja católica e de espaço que conduz ao mistério em harmonia com a comunidade que o idealizou.

[acima] Arq.Eduardo Faust e Padre Leandro Rech
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01.3 | Layout e dados técnicos

■ A O projeto passou por uma reformulação do layout das salas anexas a nave. Foram criadas nas laterais do presbitério: Sacristia, capela do santíssimo e sala de controle de som e luz. Aos fundos: Capela da reconciliação [o antigo confessionário], sala de dízimo, Sacristia e sala de imagens.

■ Foi redimensionado e atualizado o sistema de sonorização.

■ A igreja antes da reforma tinha capacidade para 600 pessoas, foi construído um mezanino ao redor da nave com estrutura metálica, forros acústicos e detalhamentos de steel frame – dry wall e vidro laminado. Com o mezanino o edifício hoje conta 1000 pessoas sentadas.

■ Este projeto é a primeira etapa de execução de um projeto completo já pronto. Reforma do exterior do edifício com a criação da torre. Alas anexas com projetos para: Casa Paroquial, Centro de Evangelização e Salão paroquial.


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■ ANTES E DEPOIS



CHURCH OF THE HOLY CROSS
Igreja Matriz da Santa Cruz
Architecture: FAUST
Location: Areias, São José, Santa Catarina, Brazil
Principal in Charge: Arq. Eduardo Faust
Liturgical Furniture Design: FAUST
Lightning Design: FAUST
Structural Steel Engineering: Damiani Metal
Built Area: 1060.00 sqm [m²]
Project Year: 2008-2010
Photographs: Ro Reitz

sábado, 21 de agosto de 2010

■ DO ESBOÇO AO PROJETO FINAL




Cliente - Eu preciso construir uma igreja e procurei um arquiteto para fazer a planta dela, como procedo?
Arq - O primeiro passo é a elaboração do projeto arquitetônico. Faremos uma reunião de obtenção de dados para o programa de necessidades e aspirações do senhor em relação a obra. Nesta reunião marcamos uma data para a apresentação do projeto preliminar e assim darmos andamento aos trabalhos. Antes da reunião faremos uma visita ao terreno.

Após tal conversa o cliente desliga o telefone e pensa...... "Do que trata exatamente um projeto arquitetônico?" "O que é um Projeto preliminar?" "programa de necessidades?" "Primeiro passo? quais são os próximos?"

Coleta de dados.: Lista detalhada do que a comunidade e o Pároco esperam da obra [ambientes, capacidade, espaços, detalhes de usos específicos, etc.]. Visita ao terreno[Levantamento topográfico, sondagem]. Dados de ordem legal [prefeitura, bombeiros e vigilância sanitária].

A elaboração do programa de necessidades, é a lista de ambientes [internos e externos] da obra e de seu entorno, e a relação entre eles.

Com esta base de dados surge o Projeto Preliminar. Que consta todos dados de como será a arquitetura do edifício, porém o projeto não estará pronto para ser executado, pois falta um documento detalhando sua construtibilidade. Estes documentos são os projetos executivos, primeiro o arquitetônico e na sequência: o estrutural, o luminotécnico, o hidro-sanitário, o elétrico e o preventivo contra incêndio.

O nome "projeto preliminar" não é o melhor termo para se falar sobre, pois acaba por parecer um projeto não finalizado; embora este seja a arquitetura em si - a materialização da ideia do autor de como será o edifício. É nesta etapa que se percebe a qualidade da arquitetura produzida.


 Desenho de concepção e detalhes construtivos Igreja Matriz Santa Cruz [São José SC] autor Arq Eduardo Faust
 Desenho de concepção do campanário do Santuário Imaculado Coração de Maria [Nova Andradina MS] autor Arq Eduardo Faust

Volumetria - Igreja Matriz Santa Cruz [São José SC] autor Arq Eduardo Faust
 
A etapa dos esboços [croquis] é uma das que mais demanda tempo, pois são os estudos do arqutieto para a formulação do partido arquitetônico.


Estudos volumétricos maquete virtual do Santuário Imaculado Coração de Maria [Nova Andradina MS] autoria Arq. Eduardo Faust.
Conceito e simbologia. Santuário Imaculado Coração de Maria [Nova Andradina MS]  Autor Arq. Eduardo Faust.

Com auxílio dos croquis, "testa-se" a volumetria do edifício com maquetes [físicas ou virtuais].
 
Croquis, maquetes, plantas baixas e cortes esquemáticos são apresentados ao cliente. Havendo aprovação deste, parte-se para o projeto executivo.



O projeto executivo, que é formado pelo projeto arquitetônico e pelos projetos complementares [estrutural, hidrossanitário, elétrico, preventivo contra incêndio], é o documento em que constam os dados técnicos para execução da obra. Este visa racionalização e planejamento da construção, fazendo com que as possibilidades sejam pensadas ainda no papel, minimizando erros e desperdícios no canteiro; aumentando a produtividade e gerando economia.

Fragmento do projeto executivo arquitetônico - Igreja Matriz Santa Cruz [São José SC] autor Arq Eduardo Faust

Proposta Finalizada. Santuário Imaculado Coração de Maria [Nova Andradina MS]  Autor Arq. Eduardo Faust.
Proposta Finalizada. Santuário Imaculado Coração de Maria [Nova Andradina MS]  Autor Arq. Eduardo Faust.





Altar Igreja Matriz Santa Teresinha [Timbó SC]  Autor Arq. Eduardo Faust.





Video.: